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Independência ou Morte! Cemitérios do Rio contam os 200 anos do Grito
No mês em que a Independência do Brasil completa 200 anos, historiadores, professores, estudantes e a população podem visitar os cemitérios do Rio de Janeiro, verdadeiros museus a céu aberto, ou pesquisar nos registros digitalizados, para saber mais sobre o estilo de vida dos períodos Colonial, Imperial e da República. Iluministas, abolicionistas e republicanos descansam na antiga capital.
Enquanto os conhecidos fatos que provocaram o 7 de setembro, se desenrolavam em torno do Príncipe e depois Imperador Pedro de Alcântara, na corte as pessoas também morriam de toda sorte (ou nem tanto) de impensáveis "causas naturaes".
Durante todo o período colonial no Brasil, as inumações foram feitas dentro das igrejas, ou, quando muito, em catacumbas próximas. Tal hábito começou a mudar somente com a chegada da Corte portuguesa, fugida de Napoleão, em 1808.
Porém, segundo o escritor Pedro Nava, quase todos os cemitérios do Rio de Janeiro foram abertos depois das hecatombes da febre amarela, a partir de dezembro de 1849. O do Caju é anterior e o mais antigo da cidade. Foi instalado em 1839 por José Clemente Pereira, numa gleba comprada a José Goulart, para enterrar os indigentes e escravos até então sepultados nos terrenos de Santa Luzia, onde se ia erguer o atual hospital da Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro. Foi chamado Campo-Santo do Caju. O primeiro sepultamento aconteceu em 1840.
Caju
Em 1851 o nome foi mudado para Cemitério de São Francisco Xavier. Entretanto, não só persiste a antiga denominação, como ela entrou nas frases feitas quando se dizia — um dia, Pedro, irás para o Caju — ou seja — um dia, Pedro, ai! de ti, também morrerás, e serás enterrado. Naquele ano o campo-santo é ampliado e juntaram-se às terras de José Goulart, as da antiga Fazenda do Murundu, de Baltasar Pinto dos Reis.
Em 1858 desmembra-se o terreno que vai ser o Cemitério da Venerável Ordem Terceira da Penitência e em 1859 o que vai ser o Cemitério da Venerável Ordem Terceira do Carmo. Essa vasta área corresponde, mais ou menos, ao que é hoje limitado pela Avenida Brasil, pelas Ruas Carlos Seidl, Indústria e Monsenhor Manuel Gomes e nela estão os quatro cemitérios [os três citados e o Cemitério Comunal Israelita], fábricas, depósitos e favelas; as ruas novas dos fundos das necrópoles; e o Hospital São Sebastião. Os aterros, em frente, fizeram desaparecer os cais [...]
Assim, todos os grandes acontecimentos desde esse período foram testemunhados pelos cemitérios públicos do Rio de Janeiro. Mortos em combate nas guerras mundiais, nas revoluções ideológicas, nas ações de combate, nos serviços públicos, nas epidemias, nas tragédias, nos braços dos fãs, nos cargos políticos, nos bairros nobres e nos lugares mais humildes, descansam eternamente e, novamente, com dignidade e respeito.
Originalmente, a maior parte dos sepultamentos era de moradores da região norte da cidade e, por ser junto ao bairro de São Cristóvão, muitas personalidades do império ali foram sepultadas ao longo de todo a metade do século XIX. Mas, curiosamente, foi um cidadão francês a primeira pessoa de reconhecida nobreza ali sepultada; Williers de l'Isle de Adam, o Visconde de l'Isle de Adan, um solteiro de 65 anos, falecido na Casa de Saúde do Morro do Livramento em 10 de julho de 1852.
Entre as centenas de capelas e sepulturas notáveis, muitas personalidades que escreveram nossa história descansam no Cajú:
Músicos: Noel Rosa, Tim Maia, Paulo Sérgio, Agepê, Waldick Soriano, Dolores Duran, Emilinha Borba, Orlando Silva, Jamelão, Cartola, Dona Zica, Dona Neuma, Elizeth Cardoso, Ernesto Nazareth, Claudinho, Sinhô, Patápio Silva, Medeiros de Albuquerque...
Atores: Procópio Ferreira, Sérgio Pedro Corrêa de Britto, Zezé Macedo, Pedro de Lara, Wilza Carla, Cláudio Correia e Castro, e Benjamim de Oliveira,primeiro palhaço negro do Brasil, falecido em 30 de maio de 1954.
Médicos, Escritores, Poetas e Benfeitores: Bezerra de Menezes, Cruz e Souza, Artur de Azevedo, Fernando Barbosa Lima, Pedro Nava, Antônio Pereira Passos, Ana Neri...
Autoridades do Império e da República: Manuel Deodoro da Fonseca, Presidente Figueiredo, José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, Souza Aguiar, Mascarenhas de Moraes, Marechal Zenóbio, Marechal Hermes, Henrique Teixeira Lott, Barão de Mangaratiba, José do Patrocínio, Guilherme Capanema, o Barão de Capanema...
Um dos túmulos curiosos é o chamado "Mausoléu dos Integralistas" (na verdade, um ossuário), que abriga os restos dos militantes integralistas mortos durante o Putsch de 11 de maio de 1935.
São João Batista, a Maior Galeria de Art Nouveau
A grande quantidade de túmulos, esculturas e monumentos de diversas temporalidades, materiais e estilos, deram ao São João Batista o título de "maior galeria de Art Nouveau a céu aberto na América Latina".
Inaugurado por Dom Pedro II em 1852, o São João Batista ocupa uma área de 183.123 metros quadrados em plena zona sul do Rio de Janeiro, aos pés do Cristo Redentor. Com centenas de ricos mausoléus e sepulturas adornadas por esculturas, reconhecidas obras da arte tumular brasileira, o cemitério volta a ser “o preferido dos astros e das estrelas”.
O pórtico do cemitério se destaca por ser trabalhado em blocos de belo granito fluminense (Gnaisse Facoidal), encimada pela tarja da emblemática da Santa Casa de Misericórdia. Outro elemento construtivo de caracterização de época é o gradil de ferro monumental, produzido nas fundições fluminenses. No Cemitério São João Batista há elevado número de jazigos - capela de famílias burguesas inspirados nos estilos híbridos do início do século XX, construídos por marmoristas portugueses, italianos e brasileiros. Existem inúmeras obras de artistas que se dedicaram a feitura de esculturas funerárias, como Rodolpho Bernadelli, Octávio Corrêa Lima, Heitor Usai, Celita Vaccani, Leão Veloso e Humberto Cozzo. Destacam-se também obras dos escultores franceses Jean Magrou e Colin George, dos escultores italianos J. Guazzini, B. P. Giusti, Luca Arrighini e A. Canessa. Ali o historiador da arte pode estudar sepulturas inspiradas nos estilos neoclássico, neogótico, art déco, art nouveau, eclético e moderno dotadas de uma tipologia variadíssima de signos antropomorfos, zoomorfos, fitomorfos e de distinção social.
No São João Batista estão sepultadas centenas de personalidades que em vida tiveram destaque nas áreas da política, da ciência, da arte, do esporte e da cultura, como Santos Dumont, José de Alencar, Machado de Assis, Osvaldo Cruz, Vital Brazil, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Oscar Niemeyer, Heitor Villa Lobos, Carlos Drumond de Andrade, Carmem Miranda, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chacrinha, Clara Nunes, Cazuza, Evaristo da Veiga, nove ex-presidentes da República e diversos membros da nobreza e autoridades do período colonial. Destacam-se, ainda, os incontáveis heróis e militares de todas as armas, que ajudaram a defender e a escrever a história do Brasil.
O São João Batista foi um esforço do imperador para melhorar as condições de salubridade do Rio de Janeiro. Até então, as pessoas eram enterradas nas igrejas e já não havia espaço para tanta gente.
O SJB abriga imponentes Mausoléus, Criptas e Monumentos da Aeronáutica, da Marinha e da Força Expedicionária Brasileira - FEB, além de diversos túmulos que prestam homenagem aos desconhecidos soldados e famosos heróis da nossa pátria. O Mausoléu da Academia Brasileira de Letras abriga cerca de 70 imortais e faz referência ao diversos outros membros que estão enterrados em jazigos de suas famílias nas famosas aléas e jardins do São João Batista.
Considerado o segundo cemitério público carioca, o São João Batista teve sua ocupação iniciada pelos fundos do terreno. Os túmulos e esculturas mais representativas do local estão no eixo central e em mais duas quadras para a direita e duas para a esquerda. Dentro da feição católica da superlotação dos jazigos do Cemitério São João Batista, pode-se visualizar locais distintos destinados a sepulturas do século XIX e do século XX.
O primeiro sepultamento foi da menina Rosaura, filha de um comerciante, em 4 de dezembro de 1852. Até 1855, ocorreram 412 sepultamentos. E, nos anos seguintes, foram realizados os traslados de diversos túmulos provenientes de igrejas e outras pequenas necrópoles, como, por exemplo, dos restos mortais do poeta Álvares de Azevedo, originalmente sepultado em um cemitério da antiga Praia da Saudade, na entrada da Urca, destruído por uma ressaca. O terreno do Cemitério São João Batista era a antiga Chácara Berquó. Posteriormente, outras propriedades foram sucessivamente adquiridas e reunidas para formar a atual área.
Nos cemitérios do Rio de Janeiro estão enterradas personagens de todos os períodos históricos do Brasil:
Reino Unido (1815–1822)
Império e Abolição (1822-1889)
Primeira República (1890-1930)
Era Vargas (1930-1945)
Quarta República (1946-1964)
Ditadura Militar (1964–1985)
Nova República (1985- dias de hoje)
Cemitério dos Ingleses
Durante todo o período colonial no Brasil, as inumações foram feitas dentro das igrejas, ou, quando muito, em catacumbas anexas. [...] Tal hábito começou a declinar com a chegada da Corte portuguesa, fugida de Napoleão, em 1808, e sobretudo com a abertura dos portos às nações amigas, entenda-se Inglaterra. Foi numa encosta do morro da Providência, na Gamboa — o mesmo que, em sua outra face, veria nascer a primeira favela após o desmobilizamento das tropas da guerra de Canudos, sendo por isso também conhecido como morro da Favela —, voltada para o mar, que surgiu o Cemitério dos Ingleses, o primeiro a céu aberto do Rio de Janeiro e um dos primeiros do Brasil.
Pelo Tratado de Amizade e Comércio, assinado entre o príncipe regente D. João e o rei Jorge III, no dia 19 de fevereiro de 1810, ficava permitido "o enterramento de vassalos de Sua Majestade Britânica, que morressem nos territórios de Sua Alteza Real o príncipe Regente de Portugal, em convenientes lugares, que seriam designados para este fim, não se perturbando, de modo algum, por qualquer motivo, os funerais e as sepulturas dos mortos".
O Cemitério dos Ingleses do Rio de Janeiro, inaugurado em 5 de janeiro de 1811 é o mais antigo da cidade e um dos mais antigos do Brasil.
(Do livro de Alexei Bueno, Gamboa, pp. 27-28.)
Cemitério do Catumbi
Inaugurado em 19 de março de 1850, o cemitério de São Francisco de Paula ou cemitério do Catumbi, como é mais conhecido, foi o primeiro do Brasil construído a céu aberto destinado a não-indigentes. Antes, somente religiosos e ricos eram sepultados nas criptas das igrejas.
Na época, devido ao efeito devastador das epidemias na cidade do Rio de Janeiro, principalmente da febre amarela, foi construído com urgência o cemitério pela Ordem Terceira de São Francisco de Paula, com aprovação do Império. O resumo histórico e ilustrado da Ordem atesta a compra do terreno que pertencia ao proprietário Dionísio Orioste tendo sido lavrada em cartório pela Irmandade em 12 de maio de 1849.
De fato, já no primeiro ano, foram sepultados cerca de 3 mil corpos com morte provocada pela epidemia da febre amarela, além de 323 irmãos da Congregação, como atestam os documentos da Ordem. Em seguida foram para lá transladados cerca de 450 restos mortais, na sua maior parte da nobreza brasileira que estavam sepultados na igreja de São Francisco de Paula.
(Do livro de Mauro Matos, Catumbi, um bairro do tempo do império.)
O Histórico Cemitério dos Pretos Novos
No Brasil, até a primeira década do século XIX, os nobres eram sepultados sob os pisos de madeira das igrejas, os mais ricos nos jardins externos, e os pobres e negros escravos continuavam sem lugar definido. Nas principais cidades brasileiras, os negros eram lançados em covas muito rasas e, depois de um tempo, os corpos ficavam expostos ao ar livre, sendo que as pessoas nem se preocupavam com isso, convivendo pacificamente com os odores exalados.
Como descobriram o local escondido da história?
Em uma casa construída no início do século XVIII, na Rua Pedro Ernesto, 36, na Gamboa, seus donos, Merced e Petruccio, resolveram realizar reformas. Durante as escavações, no ano de 1996, acharam um verdadeiro sítio arqueológico enterrado as seus pés.
Embaixo da estrutura do prédio havia um cemitério secular de negros vindos da África, que não resistiam à viagem e morriam antes de serem comercializados - o então desconhecido, Cemitério dos Pretos Novos.
Tem mais: https://cemiteriosdorio.com.br
Projeto Cultural Queridos para Sempre!
O Projeto Cultural Queridos para Sempre! foi criado em 2013, para encantar as pessoas com informações digitalizadas e desenvolver tecnologias que facilitem pesquisas futuras. Respeitando outros eventuais sistemas adotados, um painel é colocado na entrada dos cemitérios com as “atrações locais”, que passam a ser conhecidas não apenas dos que os visitam presencialmente, como também dos milhões de internautas nos sites de busca.
Códigos QRCode, criados para celulares com internet, estão identificando centenas de túmulos escolhidos para o novo roteiro de interesse turístico da cidade. "Um verdadeiro inventário do patrimônio cultural, considerando as personalidades nos diversos setores e segmentos, bem como os respectivos túmulos e suas expressões artísticas e arquitetônicas". O Queridos para Sempre! ajuda a mostrar a responsabilidade dos entes públicos sobre a guarda, restauração e preservação de referências culturais (que no caso da cidade do Rio de Janeiro ganhou especial destaque através do artigo 139 do Decreto de Concessão dos Serviços Cemiteriais. As Concessionárias Rio Pax S.A. e Reviver S.A. adotam o Queridos para Sempre!).
Centro de Livros Cemiteriais – CELICEM
Inaugurado em dezembro de 2017 na sede da Coordenadoria Geral de Controle de Cemitérios e Serviços - CGCS, o Centro de Livros Cemiteriais é operado por profissionais especialistas em arquivo. Depois de recuperados com técnicas de última geração, os centenários livros de registros cemiteriais, que estavam quase perdidos por falta de conservação, são microfilmados e digitalizados, permitindo acesso rápido ao banco de dados. (Rua Maia Lacerda, 167 - Estácio)
O CELICEM – RJ, iniciativa pioneira e aberta ao público, foi totalmente financiada pelas Concessionárias Reviver S.A. e Rio Pax S.A., em cumprimento ao Decreto que mudou a gestão dos cemitérios no Rio.
Foto da Capa: Jazigo Imperial em Petrópolis RJ
O Imperador D. Pedro II transformou os serviços cemiteriais do país.
Quando a preocupação com a higiene passou a ser tema central no império brasileiro, a partir da segunda metade do século XIX, visto que já era uma realidade na Europa, os governos passaram a aderir a esse novo padrão, reorganizando o espaço e a relação dos mortos com os vivos, separando os cemitérios das cidades. Os tradicionais Cemitérios do Cajú e o São João Batista, na capital do império, foram inaugurados por Sua Majestade.
Os restos mortais do imperador D. Pedro II, da imperatriz Tereza Cristina, da princesa Isabel e de seu marido, o conde D'Eu estão na cidade de Petrópolis - RJ. O mausoléu imperial fica na Catedral São Pedro de Alcântara, um dos principais pontos turísticos. Esculpidos em mármore de carrara, os túmulos do imperador e da imperatriz recebem visitas o ano inteiro. Foto: Prefeitura de Petrópolis.
D. Pedro I no Parque da ndependência, em São Paulo.
O maior Mausoléu do país, uma grande estrutura feita de granito e bronze nas margens do riacho do Ipiranga, abriga os restos mortais de Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil e suas duas esposas, a Imperatriz Leopoldina e a Dona Amélia de Leuchtenberg.
Palco do conhecido "Grito do Ipiranga" o parque também abriga o Museu do Ipiranga, totalmente restaurado e com novos espaços para as comemorações do bicentenário do 7 de setembro.
Foto: Monumento à Independência / Igor Rando
Dia dos Pais nos Cemitérios do Rio
Os Cemitérios Públicos e Particulares do Rio de Janeiro se unem aos filhos que perderam a presença física de seus pais. Que todas as dores se transformem em ternas lembranças e muita gratidão.
Todas as unidades sob gestão das Concessionárias Rio Pax S.A. e Reviver S.A. permanecem abertas no horário normal de visitas.
Convite para uma visita diferente aos cemitérios públicos do Rio de Janeiro
Mesmo que cemitério seja o último assunto que se queira pensar na vida, às vezes somos pegos de surpresa para uma ou outra cerimônia de despedida de amigos ou parentes. Foi num desses momentos de reflexão compulsória, que prestei atenção em como os cemitérios públicos da cidade do Rio de Janeiro conseguiram mudar a icônica imagem de tristeza e dor desses locais. Passei a me interessar pelo tema e descobri que tem muita gente de formação universitária realizando estudos científicos e históricos em diversas áreas, organizados em instituições de renome, como a ABEC - Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais. O ponto de partida de todas é entender que não são os cemitérios e funerárias os culpados pelas mortes de nossos entes queridos. Pelo contrário, a atenção aos familiares e os cuidados eternos com as memórias, podem amenizar o desalento da separação e dar novo sentido à vida de quem precisa continuar.
A pandemia ensinou como são preciosos os últimos instantes. E as salas de velório, que no Rio são chamadas de capelas, ajudam nessa função essencial, com a mesma qualidade dos serviços particulares disponíveis para as diversas possibilidades econômicas.
As centenárias estruturas inauguradas pelo Imperador D. Pedro II (Cemitérios São João Batista e São Francisco Xavier), foram totalmente ampliadas em suas capacidades e modernizadas em suas instalações elétricas, hidráulicas e de conforto climático. As referências históricas foram preservadas e restauradas, sem esquecer das práticas ambientais, sociais e de governança, rumo ao padrão internacional ESG.
As mudanças acontecem em todas as unidades, desde a concessão dos serviços públicos para as Concessionárias Rio Pax S/A e Reviver S/A, em 2014, trazendo de volta a dignidade das épocas de ouro dos ídolos populares e dos ilustres personagens que escreveram a história das artes, dos esportes, da literatura, da ciência...
Andar como turista, entre os pássaros e as flores das alamedas arborizadas e repletas de esculturas e obras de arte, ajuda a compor o novo ambiente de tradição e modernidade dos cemitérios públicos cariocas. Afinal, a história do Brasil está escrita nos cemitérios do Rio.
Edvaldo Silva é jornalista
(Foto: Jazigo Majestoso no Cemitério do Cajú)
Saiba Mais:
Turismo Cemiterial
Cemitérios são cidades feitas com histórias de vida. Tendência crescente em todo o mundo, cada vez mais pessoas visitam esses locais em busca de lazer e de cultura. Depois da experiência de sucesso do Père-Lachaise, na França e do La Recoleta, na Argentina, outras comunidades descobriram que seus heróis e ídolos “descansam” nos mesmos cemitérios que seus parentes e amigos.
Alguns confessam que chegaram com medo, mas mudaram a forma de pensar depois que, literalmente, “aproveitaram o momento” para conhecerem também as sepulturas de personalidades famosas. Gostaram tanto da ideia que viraram fãs da nova “atração”.
Baseados no conceito de que “cemitérios são cidades feitas de construções e histórias de vida”, fica fácil entender porque os fantasmas que sempre assombraram o tema da morte estão perdendo espaço para os roteiros culturais ou simples programas alternativos com gosto de aventura. É mágico ver o espírito de curiosidade abrir as portas do conhecimento. As pessoas que visitam os cemitérios, com olhos de ver e de entender as diferentes significações dos túmulos, descobrem maravilhas muito além dos nomes e epitáfios gravados nas lápides. Escondidas nas pedras, nas obras de arte e nos estilos de época, vivem verdadeiros retratos do tempo, uma volta ao passado contada de forma até mais atraente que na maioria dos museus convencionais.
Projeto Cultural Queridos para Sempre! na Rio Pax
No Rio de Janeiro, a exemplo dos cemitérios mais conhecidos do mundo, os milhares de visitantes do São João Batista também podem conhecer ou lembrar detalhes da vida de seus heróis e ídolos enquanto caminham pelas obras assinadas por grandes nomes das artes plásticas e da arquitetura tumular. Mais de duzentos códigos QRCode, criados para celulares com internet, estão identificando os túmulos escolhidos para o novo roteiro de interesse turístico da cidade. Quem aponta smartphones ou tablets para os códigos descobre biografias, fotos, vídeos e outras curiosidades.
Pela grande quantidade de artistas, atletas, políticos e outras pessoas famosas ali sepultadas, desde a sua criação em 16 de outubro de 1851, o São João Batista é conhecido como "o cemitério das estrelas", com centenas de ricos mausoléus e artísticas ornamentações. Personalidades como Carmem Miranda, Santos Dumont, Cazuza, Tom Jobim, Donga, Clementina de Jesus, Heitor Villa Lobos, Osvaldo Cruz, Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Clara Nunes, Padre Guido, Chacrinha, Vicente Celestino, Nelson Gonçalves, Didi Folha Seca, Marechal Rondon, além de nove ex-presidentes da república e imortais da Academia Brasileira de Letras, estão entre os selecionados para a primeira fase do Projeto Cultural Queridos para Sempre, em parceria com a Concessionária Rio Pax, administradora da necrópole municipal.
Projeto Cultural Queridos para Sempre! na Reviver
Pela data de nascimento e pelas características construtivas, o São Francisco Xavier é considerado o irmão gêmeo do Cemitério São João Batista. Enquanto o SJB recebia os ricos moradores de Botafogo, o Caju recebia os ricos moradores de São Cristóvão, os bairros mais importantes dos tempos da Capital do Império.
A Concessionária Reviver desenvolve uma proposta cultural, que se inicia pelo Caju para chegar a todos os outros cemitérios da rede. Dezenas de códigos QRCode, criados para celulares com internet, vão identificar os túmulos escolhidos para o novo roteiro de interesse cultural da cidade. Bastará apontar “smartphones” ou “tablets” para os códigos e descobrir fotos, vídeos, textos biográficos e outras curiosidades, além de poder deixar mensagens virtuais nas páginas publicadas na web. Além das personalidades, serão catalogados os túmulos com relevantes expressões artísticas, considerando a construção e a ornamentação.
Noel Rosa, Tim Maia, Paulo Sérgio, Agepê, Waldick Soriano, Dolores Duran, Emilinha Borba, Orlando Silva, Jamelão, Cartola, Dona Zica, Dona Neuma, Elizeth Cardoso, Ernesto Nazareth, Claudinho, Bezerra de Menezes, Cruz e Souza, Artur de Azevedo, Manuel Deodoro da Fonseca, Presidente Figueiredo, Barão do Rio Branco, Souza Aguiar, Mascarenhas de Moraes, Marechal Hermes e José do Patrocínio são algumas personalidades selecionadas para a primeira fase do Projeto Cultural Queridos para Sempre, no Cemitério do Caju.
O Projeto Cultural Queridos para Sempre! é responsável pelo resgate e preservação das referências históricas e arquitetônicas encontradas nos cemitérios tradicionais, identificando esses túmulos com placas codificadas e biografias digitais. De olho nas tendências do setor, o serviço se transformou na melhor solução tecnológica, mesmo para quem opta pela cremação, pelos cemitérios-parque ou verticais. Respeitando outros eventuais sistemas adotados, um painel é colocado na entrada dos cemitérios com as “atrações locais”, que passam a ser conhecidas não apenas dos que os visitam presencialmente, como também dos milhões de internautas nos sites de busca.
“Basta de tantas memórias perdidas no tempo”, afirma o professor e historiador Milton Teixeira, que realiza passeios guiados pelas ruas e cemitérios do Rio de Janeiro. “Agora os nomes das ruas, os monumentos, os títulos de muitas instituições farão algum sentido. Essa iniciativa vai facilitar a vida dos pesquisadores e abrir novos campos de trabalho nas cidades. Ainda que os restos mortais não tenham sido preservados, a memória dos Queridos para Sempre estará bem guardada e disponível para todo o mundo”, completa.
O Projeto Cultural Queridos para Sempre! foi criado em 2013, para encantar as pessoas com informações digitalizadas e desenvolver tecnologias que facilitem pesquisas futuras. Aliás, o maior desafio é justamente saber onde estão enterradas as pessoas que fizeram nossa história. Então, observadas as peculiaridades locais e regionais, estabelece parcerias institucionais para a realização de um inventário do patrimônio cultural, considerando as personalidades nos diversos setores e segmentos, bem como os respectivos túmulos e suas expressões artísticas e arquitetônicas.
Dia das Mães nos cemitérios públicos do Rio terá novidades pós-Covid
No primeiro Dia das Mães depois das restrições da pandemia no Rio de Janeiro, as Concessionárias Rio Pax e Reviver, responsáveis pela gestão dos cemitérios públicos da cidade, recebem seus visitantes com missas e inauguração de novos ambientes.
Cinzas serão transformadas em árvores no Jardim de Histórias, novo espaço do Cemitério São Francisco Xavier
O Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, vai ganhar uma área destinada ao plantio de urnas biodegradáveis que acomodam cinzas humanas e sementes de ipê de várias cores. Com a criação do Jardim de Histórias, a Concessionária Reviver, que administra o cemitério, propõe a ressignificação da partida de entes queridos, além de um novo ritual de despedida, que durante a pandemia não podia acontecer. O novo espaço será inaugurado neste domingo (dia 8), Dia das Mães.
- A pandemia trouxe a impossibilidade do ritual de despedida, momento tão significativo para as famílias. Por isso estamos empenhados em proporcionar experiências diversas e acalentadoras, quando optam pela cremação. Cinzas de restos mortais que forem exumados após três anos também poderão ser plantadas - afirma Sandra Fernandino, diretora da Reviver.
O momento do plantio é seguido por uma cerimônia ecumênica. Cada urna plantada recebe a identificação do ente falecido e permanece no jardim até que as mudas, já crescidas, possam ser remanejadas para outras áreas do cemitério. Durante este período, elas são cuidadas pela equipe de jardinagem do cemitério, treinada para realizar o trabalho - que envolve, sobretudo, sensibilidade e acolhimento.
O Jardim de Histórias está estrategicamente localizado bem próximo ao crematório. Segundo Crisa Santos, neuroarquiteta responsável pelo projeto de revitalização do Cemitério São Francisco Xavier, os ipês – que florescem entre o final do inverno e começo da primavera – simbolizam a renovação. “Nutridas pelas cinzas, que se tornam adubo, elas são, em essência, árvores de lembranças vivas”, explica.
No Cemitério São João Batista, a homenagem será na histórica Capela S. João Batista, restaurada pela Rio Pax
No Cemitério São João Batista, a Rio Pax e a Arquidiocese do Rio de Janeiro - Ministério Extraordinário da Consolação e Esperança, realizam missas às 9, 10 e 11 horas.
A homenagem às mães falecidas acontece na histórica Capela S. João Batista, patrimônio restaurado em 2015 e entregue à comunidade católica, responsável por confortar milhares de famílias desde os tempos do Império.
Inaugurada por Dom Pedro II, em 1873, foi projetada pelo famoso arquiteto Francisco Joaquim Bitencourt da Silva, que também assina o Colégio Pedro II, o CCBB, a Torre da Glória e o pórtico do SJB, entre outras conhecidas referências culturais do Rio de Janeiro.
O trabalho recuperou as cores originais da capela de estilo neoclássico. Além da impermeabilização e pintura, também foram recuperadas as instalações elétricas e hidráulicas. O piso em ladrilho hidráulico, o altar esculpido em mármore de carrara, a imagem de São João Batista e os vitrais feitos pelo artista alemão Conrado Sorgenitsh, também foram entregues totalmente renovados.
Cemitério do Cacuia recebe novo muro com modernas técnicas de engenharia
As intensas chuvas de janeiro, que causaram estragos em várias cidades do país, também conseguiram derrubar parte do muro do Cemitério do Cacuia, na Ilha do Governador. Apesar de erguida diretamente sobre enormes pedras nas décadas passadas, a estrutura não resistiu à forte e rápida precipitação das águas, agravada pela inclinação do terreno naquela área de difícil drenagem.
Segundo Sandro Augusto Lobo, engenheiro da Concessionária Reviver, que em 2015 assumiu a gestão de parte dos cemitérios cariocas, o acidente também revelou a falta de armação do antigo muro construído somente com tijolos sobre a rocha. Agora as novas fundações receberam vigas de concreto e aço nas brocas perfuradas com técnicas atualizadas.
Os restos mortais que estavam em nichos do antigo muro, foram transferidos para um novo ossário especialmente construido. As obras seguem em ritmo acelerado e podem ser concluídas nos próximos dez dias, dependendo dos períodos de estiagem.
A volta das homenagens presenciais no Dia de Finados. Veja novas imagens
Neste primeiro Dia de Finados sem as restrições de visita aos cemitérios, em razão da pandemia de Covid-19, o movimento ainda não será intenso como nos anos interiores. As chuvas, o feriado prolongado e o medo de contágio devem atrapalhar o retorno das homenagens presenciais aos familiares e amigos falecidos.
Os protocolos de prevenção, como o uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento social, ainda são necessários apesar da dispensa da obrigatoriedade em locais abertos, mas celebrações de diversas religiões estão confirmadas.
Os cemitérios da cidade do Rio receberão visitas das 7h às 18h da terça-feira. (Foto da primeira edição)
No São João Batista e demais unidades da Concessionária Rio Pax, os visitantes serão recepcionados com plantão de informações, serviços de utilidade pública e atendimentos emergenciais de saúde.
A Concessionária Reviver abre o São Francisco Xavier (Caju) com missas celebradas de hora em hora, a partir das 8h. O Arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta deve encerrar a programação de missas às 14h no Cemitério vertical Memorial do Rio, em Cordovil (foto); e às 16h30 no cemitério de Santa Cruz, na ala dos falecidos indigentes.
Novidades nos bairros
Entre os cemitérios públicos, a Rio Pax deve apresentar como novidade as novas salas de velório e os centros de atendimento, construídas com altos padrões de qualidade e conforto ambiental. Os bairros de Inhaúma, Irajá, Campo Grande e de Jacarepaguá já receberam o novo conjunto de obras, além das ampliações das capacidades.
Queridos para Sempre!
Quem visita os cemitérios São João Batista (em Botafogo) e o São Francisco Xavier (no Caju), encontra placas de aço com o código QR nos jazigos de centenas de famosos sepultados desde o período Imperial. É o Projeto Cultural Queridos para Sempre!
Basta apontar o smartphone ou tablet com acesso a internet para o código de barras, para saber mais sobre sua história, com fotos, vídeos, textos biográficos e outras curiosidades.
No "Cemitério das Estrelas", os QRCodes estão instalados nas sepulturas mais visitadas, como as de Cândido Portinari, Santos Dumont, Olavo Bilac, Graciliano Ramos, Carmem Miranda, Cazuza, Tom Jobim, Clara Nunes, Chacrinha, Vicente Celestino, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves, Didi Folha Seca, Marechal Rondon, Presidente Dutra e Castelo Branco. O local recebe turistas de vários países que visitam sua coleção de obras de arte tumular.
No Caju, as homenagens estão em túmulos de personalidades como: Noel Rosa, Tim Maia, Paulo Sérgio, Agepê, Waldick Soriano, Dolores Duran, Emilinha Borba, Orlando Silva, Jamelão, Cartola, Dona Zica, Dona Neuma, Elizeth Cardoso, Ernesto Nazareth, Claudinho, Bezerra de Menezes, Cruz e Souza, Artur de Azevedo, Manuel Deodoro da Fonseca, Presidente Figueiredo, Barão do Rio Branco, Souza Aguiar, Mascarenhas de Moraes, Marechal Hermes e José do Patrocínio.
Além de perpetuar a história das famílias e de seus entes queridos, a novidade promete facilitar a vida de quem não quer deixar trabalho para os amigos e parentes. Assim, qualquer pessoa pode deixar pronto o seu epitáfio digital, a sua mensagem de vida para a posteridade, sem esquecer nada e nem ser esquecido. O serviço também surge como opção para instituições e empresas que pensam em homenagear seus falecidos membros, diretores e clientes de uma forma original. Visite QRidos
Galeria de Imagens
(Fotos de Ronaldo Milani e Sandro Augusto)
O Exército Brasileiro, que mantém no S. J. Batista o Mausoléu da FEB - Força Expedicionária Brasileira, realiza a exposição que mostra o Brasil na 2ª Guerra Mundial.
Campo Grande
Jacarepaguá
Guaratiba
Murundu
Ricardo de Albuquerque
Santa Cruz
Concessão dos Cemitérios do Rio inspira Concessão dos Cemitérios de São Paulo
A Prefeitura do Município de São Paulo retomou o processo de concessão dos 22 cemitérios públicos da capital para o setor privado. Foram feitas adequações à proposta inicial, barrada pelo Tribunal de Contas em três tentativas. O plano do prefeito Ricardo Nunes é passar toda a administração do serviço funerário para a iniciativa privada. A Prefeitura diz que os cemitérios precisam de reformas e ampliações, além da criação de outros três crematórios, e que o caixa do município não suporta esse gasto. A solução encontrada pelo Rio de Janeiro em 2014, abriu as portas para o setor privado.
O valor total previsto para a concessão é de R$ 559 milhões. Além disso, as empresas que arrematarem os quatro lotes deverão repassar 4% da arrecadação mensal para o município. No prazo total dos contratos - que será de 25 anos - a Prefeitura estima que irá arrecadar R$ 6 bilhões. Segundo o edital, as concessionárias deverão reformar os velórios, as capelas, as áreas administrativas e de serviços de todos os cemitérios, além de ampliar o serviço de crematório. Atualmente, a cidade só possui um crematório público, o da Vila Alpina.
No Rio de Janeiro a concessão deu certo e deve estimular outras cidades
Em 2014 a gestão dos 13 cemitérios cariocas foi transferida para as Concessionárias Rio Pax S.A. e Reviver S.A., inaugurando uma nova história no setor cemiterial e funerário da cidade. Milhões em investimentos privados deram mais dignidade aos ambientes e aos familiares, depois de ações de modernização e de treinamento do pessoal. Reformas de emergência e ampliações com milhares de jazigos também solucionaram o velho problema da falta de capacidade para novos sepultamentos.
Segundo usuários e gestores do órgão coordenador dos serviços, a cidade teria vivido um verdadeiro caos durante a pandemia do coronavírus, sem as concessionárias. "Nem dá para imaginar como seria", afirmam.
As instalações dos seis cemitérios da Rio Pax, por exemplo, foram inicialmente reformadas e os cemitérios históricos devidamente restaurados. Depois, as antigas capelas deram lugar à novas construções, amplas, modernas e confortáveis, como nos bairros de Inhaúma, Campo Grande, Irajá e agora em Jacarepaguá.
90 Anos - Cristo Redentor, braços abertos sobre o São João Batista
O monumento mais conhecido do Brasil, o Cristo Redentor, eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno e incluído na lista de Patrimônios da Humanidade pela UNESCO, completa 90 anos neste dia 12 de outubro, também consagrado à Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.
Localizada no topo do morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar, no Parque Nacional da Tijuca, a estátua do Cristo abraça a cidade do Rio e aponta com o braço direito para o cemitério mais famoso do país, o São João Batista, onde também descansa o criador do projeto, engenheiro e professor da Escola Politécnica, Heitor da Silva Costa (Rio de Janeiro, 25 de julho de 1873 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1947).
Assista a reportagem completa produzida pela Empresa Brasileira de Comunicação - EBC e veiculada pela TV Brasil.
Turismo Cemiterial
Inaugurado por Dom Pedro II em 1852, o São João Batista ocupa uma área de 183.123 metros quadrados em plena zona sul do Rio de Janeiro, aos pés do Cristo Redentor. Com centenas de ricos mausoléus e sepulturas adornadas por esculturas, reconhecidas obras da arte tumular brasileira, o cemitério sempre foi “o preferido dos astros e das estrelas”.
Segundo o Projeto Cultural Queridos para Sempre! no São João Batista também estão outros engenheiros e arquitetos que escreveram a história, como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, André Rebouças, Francisco Bethencourt da Silva, Edsom Passos e Saturnino Brito. Antes da pandemia, turistas de vários países visitavam as centenas de personalidades que em vida tiveram destaque nas áreas da política, da ciência, da arte, do esporte e da cultura, como Santos Dumont, José de Alencar, Machado de Assis, Osvaldo Cruz, Vital Brazil, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Heitor Villa Lobos, Carlos Drumond de Andrade, Carmem Miranda, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chacrinha, Clara Nunes, Cazuza, Evaristo da Veiga, nove ex-presidentes da República e diversos membros da nobreza e autoridades do período colonial. Destacam-se, ainda, os incontáveis heróis e militares de todas as armas, que ajudaram a defender e a escrever a história do Brasil.
A Maior Galeria de Art Nouveau
A grande quantidade de túmulos, esculturas e monumentos de diversas temporalidades, materiais e estilos, deram ao São João Batista o título de "maior galeria de Art Nouveau a céu aberto na América Latina".
O pórtico do cemitério se destaca por ser trabalhado em blocos de belo granito fluminense (Gnaisse Facoidal), encimada pela tarja da emblemática da Santa Casa de Misericórdia. Outro elemento construtivo de caracterização de época é o gradil de ferro monumental, produzido nas fundições fluminenses. No Cemitério São João Batista há elevado número de jazigos - capela de famílias burguesas inspirados nos estilos híbridos do início do século XX, construídos por marmoristas portugueses, italianos e brasileiros. Existem inúmeras obras de artistas que se dedicaram a feitura de esculturas funerárias, como Rodolpho Bernadelli, Octávio Corrêa Lima, Heitor Usai, Celita Vaccani, Leão Veloso e Humberto Cozzo. Destacam-se também obras dos escultores franceses Jean Magrou e Colin George, dos escultores italianos J. Guazzini, B. P. Giusti, Luca Arrighini e A. Canessa.
Visão exclusiva do Cristo Redentor
O monumento foi concebido pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa e construído em colaboração com o escultor francês Paul Landowski e com o engenheiro compatriota Albert Caquot, entre 1922 e 1931 na França, devido o pensamento dos franceses, de que os brasileiros não tinham experiência para construir a estátua. Foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1931, dia de Nossa Senhora Aparecida e fica no bairro do Alto da Boa Vista.
Símbolo do cristianismo brasileiro, a estátua se tornou um ícone do Rio de Janeiro e do Brasil. Em 2011, em uma pesquisa de opinião pela internet, o Cristo Redentor foi considerado por 23,5 % de 1 734 executivos de todos os países da região como o maior símbolo da América Latina. O monumento também é um importante ponte de visitação, que recebe, em média, 2 milhões de turistas por ano. O Cristo Redentor é feito de concreto armado e pedra-sabão. Tem trinta metros de altura, sem contar os oito metros do pedestal, e seus braços se esticam por 28 metros de largura. A estátua pesa 1145 toneladas e é a terceira maior escultura de Cristo no mundo, menor apenas que a Estátua de Cristo Rei de Świebodzi na Polônia (a maior escultura de Cristo no mundo) e a de Cristo de la Concordia na Bolívia (a segunda maior escultura de Cristo no mundo).
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Fontes: Wikipédia e Queridos para Sempre
Mães e filhos em Homenagens Precoces pelos cemitérios do Brasil
Apesar de proibidas ou não recomendadas, as visitas aos cemitérios neste Dia das Mães acontecem no clima da tristeza antecipada pela pandemia de coronavírus.
A pergunta que mais se ouvirá de filhos e de mães é "porque tão cedo?". Por diversas razões, nunca tantos filhos e tantas mães perderam a vida de forma tão precoce, antecipando as homenagens que as famílias prestam nos cemitérios no Dia das Mães.
Aos que insistirem nesta visita, fica a recomendação das autoridades: máscara no nariz e na boca, distanciamento social e álcool em gel.
Vítimas da Covid 19 ganham Memorial Queridos para Sempre! nos Cemitérios
Perdeu Alguém para a Covid? Conhece Alguém?
A pandemia está provando que os momentos de despedida, quando existem, são insuficientes para dizer como as pessoas foram importantes em nossas vidas. Especialistas afirmam que as homenagens amenizam a dor da perda e ajudam o tempo do luto a passar com mais leveza, mesmo que muitos anos tenham se passado. Por tudo isso, as vítimas da Covid 19 estão ganhando o Memorial Queridos para Sempre!
Toda cidade tem seus Queridos para Sempre. Pessoas que deram a vida por seus familiares, ou para salvar vidas de outras famílias. Hospedado nas nuvens, o Queridos para Sempre! é um Memorial Digital que inova na forma de prestar homenagem e de contar a história dessa tragédia para as futuras gerações.
O Memorial poderá ser visitado na internet (queridosparasempre.com), onde cada nome abre uma página, que as respectivas famílias podem completar com fotos, história de vida e homenagens dos amigos. No mundo real, quem visitar sedes de instituições patrocinadoras e cemitérios públicos ou privados, também poderá encontrar a placa de aço do Memorial e um código QRidos, lido com celular e internet. As listagens de cada cidade são as oficiais, fornecidas pelos órgãos públicos, cartórios ou cemitérios locais. Novas inclusões serão possíveis mediante atestados de óbito.
O Memorial Queridos para Sempre! é uma inicativa da StartUp Melhor Cidade, que nasce alinhada aos princípios da pandemia. As pessoas aprenderam a viver na internet e muitas não terão condições de visitar os cemitérios. Além disso, as cidades, impactadas pela crise econômica, podem prestar homenagens às vítimas e suas famílias de forma inovadora e de mínimo custo, sem necessidade de grandes obras. De seus celulares, todos podem visitar o Memorial da Cidade, cujas placas estarão espalhados pelos órgãos públicos, instituições privadas e nos cemitérios.
A pandemia do novo coronavírus é a maior tragédia da história recente do Brasil e do mundo, com efeitos trágicos para milhões de pessoas. Com a proibição de velórios e cerimônias de despedida, além das restrições à presença nos enterros, a iniciativa facilita e abre oportunidade para que os cemitérios públicos e particulares sejam a referência natural das homenagens de seus municípios em respeito às famílias.
Quem assistiu ao filme Festa no Céu - Livro da Vida, foi apresentado a três mundos: o dos "Vivos", o dos "Esquecidos" e o dos "Lembrados". O famoso desenho animado mostra o jeito mexicano de lidar com a realidade da morte, onde o mundo dos Lembrados é colorido e animado, enquanto o dos Esquecidos é cinza e triste.
Placa de Aço Personalizada para Cemitérios Públicos e Particulares, Instituições, Empresas e Órgãos Públicos.
Print de uma capa de página na tela do celular.
Informações sobre participação das cidades e cemitérios, pelo email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.