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Notícias 03 Março 2015

Consórcio passa a gerir sete dos 13 cemitérios públicos do Rio

RIO — A partir desta terça-feira, o consórcio Reviver assume o controle de sete dos 13 cemitérios públicos do Rio, pondo fim a mais de um século de gestão da Santa Casa de Misericórdia. A concessionária pagou R$ 30 milhões pela outorga e administrará por 35 anos o segundo lote licitado no ano passado. O conjunto é formado pelo maior cemitério do Rio, o São Francisco Xavier, no Caju, além de Murundu (Realengo), Cacuia (Ilha do Governador), Ricardo de Albuquerque, Paquetá, Santa Cruz e Guaratiba.

Com a mudança, informou o secretário municipal da Casa Civil, Guilherme Schleder, poderá ser observada uma série de melhorias nos serviços. Entre as obrigações mais urgentes estão melhorar a acessibilidade, a conservação e a limpeza dos espaços, e implantar climatização das salas de velório, padronização de tarifas e digitalização dos registros.

SERVIÇO SERÁ TABELADO
Os serviços vão seguir uma uma tabela com preços fixos. A localização de cada túmulo, assim como o registro de sepultamento, passa a ser digitalizada. Com isso, espera-se que não se repitam os escândalos associados à construção e venda ilegal de túmulos em cemitérios públicos.

— Agora, toda a gestão do espaço passa a ser informatizada, e os serviços, tabelados. A gente terá como fiscalizar, e o serviço respeitará regras. Assim poderemos cobrar e tomar medidas caso as obrigações não sejam cumpridas — afirma o secretário da Casa Civil, que cita como exemplo as mudanças já em prática em outros cemitérios concedidos à iniciativa privada:
— De cara, você entra no lugar e encontra todos os funcionários uniformizados, recebe um atendimento correto e se sente mais confortável num espaço limpo.

O prazo para que as concessionárias que administram os cemitérios cumpram as obrigações contratuais varia. A revitalização do espaço e a informatização do sistema, entre outras exigências, devem ser feitas em até dois anos. Já a adoção do regime de sepultamento em jazigo social em substituição ao serviço de sepultamento em cova rasa — que passa a estar disponível somente para os credos religiosos que exigem o enterro em solo — , deve ser feita em até dez anos. No Rio, morrem cerca de 5.500 pessoas por mês. Dessas, aproximadamente 3.800 (69%) são sepultadas nos cemitérios públicos.


Fonte: Jornal Extra O Globo

 

Notícias 10 Fevereiro 2015

Limpeza de lápides nos cemitérios do Rio muda para evitar desperdício de água

No Cemitério São João Batista, funcionários devem usar panos úmidos. No Caju, parentes são orientados a levar água de casa. (Foto: funcionário substitui máquina de pressão por pano úmido no São João Batista - Pablo Jacob / Agência O Globo)

RIO — Alarmados com a crise hídrica, os cemitérios do Rio também estão tomando medidas para economizar água. No início deste mês, a concessionária que administra o São João Batista, em Botafogo, suspendeu por 60 dias a lavagem de jazigos. Já no Cemitério de São Francisco Xavier, no Caju, familiares são orientados a levar água de casa. E, no vizinho Cemitério da Penitência, equipamentos controlam o consumo.

No São João Batista, onde se encontram os túmulos de personalidades como Tom Jobim, Carmen Miranda e Clara Nunes, funcionários foram orientados a fazer a limpeza com pano úmido até abril. Além disso, a recuperação de lápides históricas e da fachada do cemitério, administrado pela Rio Pax desde agosto do ano passado, foi interrompida. A restrição se estende aos cemitérios de Irajá, Inhaúma, Jacarepaguá, Campo Grande e Piabas, também geridos pela concessionária. A expectativa é economizar 150 mil litros.

— Temos 30 zeladores cadastrados no São João Batista. Com uma mangueira, até cem litros são gastos na limpeza de um jazigo. São no mínimo três mil litros por dia — disse Lourival Panhozzi, diretor dos cemitérios da Rio Pax.

Há três meses, a concessionária até comprou uma máquina com jato de pressão, que reduz em 90% o consumo de água. Mas, com a nova restrição, o equipamento foi deixado de lado.

Os culpados pelo desperdício também podem ser encontrados além dos muros. Segundo Panhozzi, em seis meses a concessionária já descobriu oito ligações clandestinas de água feitas por pessoas que vivem nos arredores de seis cemitérios. Em apenas um deles, a conta chegou a R$ 30 mil mensais.

No complexo de cemitérios do Caju, o consumo também foi restringido. No da Penitência, foram investidos R$ 3 mil na instalação de equipamentos que monitoram o abastecimento e os níveis das caixas d’água. A estimativa é de 15% de economia. Já no São Francisco Xavier, o registro passou a ficar aberto pela metade durante o dia. Segundo a administração, se parentes querem limpar os túmulos, são orientados a levar água de casa

 

(BARBARA MARCOLINI, O GLOBO, 10/02/2015 5:00)

Fonte Jornal O Globo

Notícias 29 Outubro 2014

Consórcio Reviver assume gestão de sete cemitérios públicos

Foi oficializada na edição desta quarta-feira (29) do Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro a concessão de sete dos 13 cemitérios públicos da cidade ao Consórcio Reviver. Os outros seis já estão sob o comando do Consórcio Rio Pax. As duas concessões colocam fim ao centenário monopólio da Santa Casa nos serviços cemiteriais e funerários da capital fluminense.

Passam a ser geridos pelo Grupo Reviver os cemitérios São Francisco Xavier (Caju), do Murundu (Realengo), de Paquetá, Santa Cruz, de Ricardo de Albuquerque, Guaratiba e da Cacuia (Ilha).

Ao consórcio Rio Pax — que inclui a Agência Funerária Rio Pax, a empresa Solucard e a Funerária Cintra — foram concedidos os cemitérios São João Batista (Botafogo), de Jacarepaguá, Irajá, Inhaúma, Campo Grande e Piabas (Vargem Grande).

O prazo de concessão aos dois consórcios é de 35 anos. O valor de outorga pago pelo Rio Pax é de R$ 13 milhões, enquanto a outorga do Reviver ficou em R$ 70 milhões.


Fim do monopólio após denúncias de fraudes

De acordo com a Prefeitura do Rio, o contrato de concessão dos cemitérios à Santa Casa venceu em 2009. Uma licitação para exploração dos serviços funerários foi aberta após o encerramento do contrato, mas o processo foi impugnado por falta de projeto básico, o que manteve a Santa Casa gerenciando os 13 cemitérios até que um esquema fraudulento de vendas e construções ilegais de sepulturas veio à tona.

As fraudes foram denunciadas em julho de 2013 por meio de uma reportagem produzida pelo Fantástico. Logo em seguida a Delegacia Fazendária fez uma operação para investigar o esquema.

As investigações levaram o Ministério Público do Rio de Janeiro a denunciar 24 pessoas pelos crimes de estelionato, corrupção passiva, formação de quadrilha, construção não autorizada em solo não edificável, apropriação indébita.

Entre os denunciados estava o provedor da Santa Casa, Dahas Chade Zarur, contra quem o MP pediu a prisão preventiva, assim como de mais três funcionários da instituição, Raimundo Marcelo de Oliveira, Augusto José dos Santos e Djalma Castilho, por irregularidades e fraudes fiscais nas vendas de jazigos e imóveis de propriedade da instituição entre julho de 2004 e agosto de 2013.

De acordo com a denúncia, Dahas era o chefe do esquema criminoso. Ele atuava em conjunto com os administradores por ele nomeados e funcionários dos 13 cemitérios públicos da cidade. Além de vender irregularmente os jazigos, muitas vezes por valores acima da tabela, as transações eram feitas sem a emissão de notas fiscais ou por intermédio de notas fiscais frias.

O MP estimou que as fraudes somaram cerca de R$ 21 milhões. Segundo o órgão, Dahas Zarur chegou a determinar o fechamento da tesouraria da instituição, em junho de 2010. Com isso, ele eliminou o controle contábil das entradas financeiras relativas aos cemitérios e facilitando o desvio do dinheiro para seu patrimônio pessoal.

(CBN, Portal G1, 29/10/2014)

Rio de Janeiro 30 Janeiro 2015

Cemitério São Francisco Xavier "Cajú"

Pela data de nascimento e pelas características, o São Francisco Xavier é considerado o irmão gêmeo do Cemitério São João Batista. Enquanto o SJB recebia os ricos moradores de Botafogo, o Caju recebia os ricos moradores de São Cristóvão, os bairros mais importantes dos tempos do Império. 

Conta a história, que em 1839 a Santa Casa da Misericórdia transferiu o cemitério do seu hospital para a Ponta do Caju, próximo à antiga Praia de São Cristóvão, aterrada anos depois. Tal necrópole, servindo para o enterro de escravos, era denominada de Campo Santo da Misericórdia. No dia 18 de outubro de 1851, a necrópole de São Francisco Xavier, popularmente conhecida como Cemitério do Caju, foi inaugurada com o sepultamento da criança Vitória, filha de uma escrava.

Desde a inauguração existe a quadra dos acatólicos, utilizada exclusivamente para o sepultamento de judeus e protestantes, antes da edificação do Cemitério Comunal Israelita em 1956 no mesmo bairro. Em 1866 instituiu-se o Cemitério São Pedro, uma quadra exclusiva para o sepultamento de padres desta ordem.

Para alcançar o tamanho atual o São Francisco Xavier passou por diversas ampliações, aterramentos, aplainações e até o desmonte de um morro. O maior do Rio de Janeiro, e o segundo maior do país, com 441.000 m², fica no chamado Complexo de Cemitérios do Caju (Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, o Cemitério da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência e o Cemitério Comunal Israelita do Caju).

 

Cemitério São Francisco Xavier
R. Monsenhor Manoel Gomes, 155 - Caju
Fones: 0800 022 1650
EMail: 
Site: cemiteriosdorio.com.br/caju

Horários: Todos os dias, das 08:00 às 17:00 horas (Plantão 24 horas)


Complexo de Capelas 
Acesso direto pela entrada principal

Crematório do Caju 
Acesso direto pela entrada lateral

 

Veja o Mapa 

Notícias 10 Dezembro 2013

Prefeitura lança edital para licitação de novos gestores para os cemitérios do Rio

A Prefeitura lançou nesta terça-feira (10 de dezembro) um edital para licitação de novos gestores para os cemitérios da cidade, conforme mostrou o Bom Dia Rio. Em julho, o Fantástico mostrou um esquema de venda ilegal de sepulturas nos cemitérios administrados pela Santa Casa de Misericórdia. A entidade foi afastada.