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Notícias 23 Agosto 2018

Cemitério São João Batista. Parece particular, mas é público e muito especial

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Todos os dias, centenas de visitantes se transformam em admiradores do novo Cemitério São João Batista, na zona sul do Rio de Janeiro. Familiares e amigos em tristes cerimônias de despedida, se misturam aos turistas de diversas regiões do Brasil e do mundo, descobrindo que o SJB é muito mais que o famoso “Cemitério das Estrelas”, inaugurado pelo Imperador D. Pedro II, e onde descansam ídolos de várias gerações. Uns se dizem encantados com a riqueza cultural das obras de arte que ornamentam os milhares de túmulos. Outros passeiam pelas alamedas floridas, reconhecendo nomes que fizeram a história do país, desde os tempos coloniais, passando pelas repúblicas. Afinal, a história do Brasil está escrita nos cemitérios do Rio.

Administrado pela Concessionária Rio Pax, o São João Batista passou por um programa de recuperação das características originais, ao mesmo tempo em que modernizou instalações e processos de gestão. Construções e ornamentos em pedras, ferragens e madeiras foram restaurados, assim como os pisos e jardins das quadras. Os investimentos e cuidados deram resultados estéticos e econômicos. Muitos proprietários de jazigos procuram pelos serviços de manutenção oferecidos pelo cemitério, pensando na valorização de seus espaços, e na própria legislação municipal, que prevê a retomada dos túmulos abandonados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Projeto Cultural Queridos para Sempre!

Desde 2015, quem visita o cemitério São João Batista encontra um código QRCode nos túmulos de centenas de famosos. Basta apontar o smartphone ou tablet com acesso à internet, para o desenho em formato de código de barras, para descobrir quem está enterrado ali, sua história, fotos, vídeos, textos biográficos e outras curiosidades. Mais que uma inovação, a iniciativa mostra os avanços nos sistemas de informação e de controle em implantação no cemitério, como o sistema de vigilância. É o Projeto Cultural Queridos para Sempre!, adotado pela Rio Pax.

Gravados com laser numa placa de aço afixada nos jazigos, os QRCodes estão instalados nas sepulturas mais visitadas, como as de Cândido Portinari, Santos Dumont, Olavo Bilac, Graciliano Ramos, Carmem Miranda, Cazuza, Tom Jobim, Clara Nunes,  Chacrinha, Vicente Celestino, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves, Didi Folha Seca, Marechal Rondon, Presidente Dutra e o Mausoléu da Academia Brasileira de Letras.

Além de perpetuar a história das famílias e de seus entes queridos, a novidade promete facilitar a vida de quem não quer deixar trabalho para os amigos e parentes. Assim, qualquer pessoa pode deixar pronto o seu epitáfio digital, a sua mensagem de vida para a posteridade, sem esquecer nada e nem ser esquecido. O serviço também surge como opção para instituições e empresas que pensam em homenagear seus falecidos membros, diretores e clientes de uma forma original.

 

Visitantes prestam homenagens aos ídolos.

No destaque, as visitas de Alice Gonzaga, cineasta e diretora da Cinédia; Claudevan Melo, pesquisador de Francisco Alves e artistas alagoanos; e Lívio Colares, estudioso de biografias históricas. Veja o vídeo abaixo.

 

(fotos: Jaime Gouvêa e Edvaldo Silva)

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