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Notícias 07 Maio 2018

Exclusivo: Dani Guedes fala sobre o futuro do setor funerário e cemiterial no Rio

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Desde sua nomeação no dia 9 de abril, Daniela Guedes, a nova titular da Coordenadoria Geral de Controle de Cemitérios e Serviços - CGCS se empenha em buscar inovações e melhorias relevantes para o setor cemiterial e funerário, sem perder o que foi conquistado pelo órgão, desde o início da gestão do Prefeito Marcelo Crivella em 2017. Daniela fez parte da primeira equipe como Assessora de Gestão Estratégica, imprimindo sua marca de competência e dinamismo.

Mas a nova gestora do órgão da SECONSERMA – Secretaria de Conservação e Meio Ambiente não faz sucesso por acaso. Daniela carrega em sua bagagem a experiência de 18 anos no mercado privado e em multinacionais como especialista em Gestão Estratégica, no segmento de “Oil and Gas” e outras áreas, e como especialista em Serviços Compartilhados - os chamados “Shared Services”, tanto na Petrobras como na Vale. No entanto, segundo suas palavras, “nada se compara à magnitude, complexidade e necessidade de competências e habilidades múltiplas agregadas para a gestão deste setor cemiterial”.

Segundo Daniela, essa bagagem que a acompanha e os projetos que pretende desenvolver têm sido fundamentais e vão ao encontro dos planos do novo governo municipal, de estimular a montagem de equipes técnicas, estabelecer times de profissionais especialistas que tenham mais que o domínio dos assuntos de suas Secretarias, mas bagagem em carreiras bem sucedidas, para alcançar resultados com mais eficiência e eficácia.

A nova equipe da CGCS está formada por profissionais de carreira da prefeitura e profissionais trazidos do mercado de trabalho, todos com grande bagagem técnica e experiência em suas áreas de atuação, diz. “Todo líder com uma equipe competente, eficaz, focada, que ama o que faz e é unida, supera os resultados pretendidos ultrapassando as adversidades. O líder fornece a visão, a direção e as diretrizes, e sua equipe o acompanha por confiar na visão”.

Sua nomeação garantiu que nenhum dos processos internos essenciais à continuidade dos serviços fossem paralisados. “Muitos têm sido os desafios, mas estou confiante de que todos serão superados com determinação, equilíbrio e tranquilidade nas decisões, fortalecendo as parcerias já existentes com os representantes do setor, e dos órgãos que fazem interface com a Coordenadoria”, continua.

O modelo inovador de Planejamento Estratégico em andamento na Coordenadoria era exclusividade das grandes empresas com estruturas de CEO (sigla inglesa de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo) e Governança Corporativa. Daniela implanta projetos com direcionadores estratégicos desdobrados em todos os níveis organizacionais. “Os resultados precisam ser rápidos, para otimização dos processos e do potencial das equipes, para a garantia da reformulação do Sistema Cemiterial, objetivando a meta desafiadora de transformar o município do Rio de Janeiro um dos 3 melhores do país em serviços cemiteriais e funerários de excelência, além de resgatar e oxigenar a imagem institucional que estava totalmente degradada, com um passivo de corrupção, combatendo eventuais brechas para a corrupção, implantando regras transparentes, sem politicagem”, completa.

 

Para implantar essa nova filosofia de trabalho, ela aposta nas relações de convivência com ética e transparência em todos os segmentos, respeitando competências, atuando de forma enérgica inclusive na fiscalização das Concessionárias de Cemitérios Públicos, Cemitérios Particulares e Permissionárias do serviço Funerário.

 

Sistema de Vagas Cemiteriais

Entre os projetos de maior relevância desenvolvidos em 2017 e que terão continuidade com aperfeiçoamento dos resultados, estão no Portal de Gerenciamento de Vagas Cemiteriais. É um projeto criado por decreto pelo governo anterior. No entanto, somente agora ganhou utilidade prática com informações atualizadas e confiáveis. Foram realizadas alterações para garantir agilidade, produzir resultados em tempo real, atingir objetivos de forma transparente e, agregar valores como: visibilidade, confiabilidade, seriedade, transparência e ética ao antigo sistema de reservas.

Daniela garante que não existem mais problemas com liberação e distribuição das vagas geradas diariamente para atendimento das famílias, através das funerárias como a porta de entrada dos serviços, e dos Cemitérios, que cadastram as sepulturas disponíveis no dia, como resultado de exumações. Dependendo da preferência dos parentes por este ou aquele Cemitério, as pendências são resolvidas até na manhã seguinte. “Acredito que este sistema renovado seja o cartão de visitas de sua gestão. Foram resgatadas a transparência, igualdade e qualidade no atendimento das pessoas. Foi desenvolvido para acabar com o jeitinho e outras formas de favorecimento. O principal objetivo desse portal é garantir que a população seja tratada com dignidade no momento de último adeus aos seus entes queridos”, justifica.

 

Como funciona o prazo de 24 horas?

“Nossa legislação exige que o sepultamento seja realizado no prazo de 24 horas. A Coordenadoria garante isso. Porém, não temos controle sobre os processos de outros órgãos parceiros do sistema como hospitais e IML, que têm prazos variáveis para liberação dos corpos. Desta forma, estabelecemos que esse tempo passe a contar a partir do efetivo contato da família com a funerária. Enquanto isso, na sede do órgão, uma tela do sistema digital transmite a situação de disponibilidade da rede cemiterial,  acionando a equipe para eventuais providências quando exista a remota possibilidade de atrasos”.

 

Qual sua participação na implantação do CELICEM RJ?

“Sempre acreditei que este projeto poderia ir muito além da obrigação contratual das Concessionárias em preservar os registros Cemiteriais. A criação do Centro de Livros Cemiteriais no mesmo espaço da CGCS foi uma decisão estratégica e contribui com isso.

É um projeto que tem visão pioneira. Hoje, como Coordenadora Geral, pretendo dar legitimidade para que ele ganhe no cenário Nacional a robustez que ele tem, o pioneirismo, se torne uma vitrine porque no Brasil não existe um projeto com estas características e escopo, com recuperação, atualização e captação dos dados de maneira rápida e confiável, garantindo a manutenção desses dados perpetuamente, para que não se perca mais informação. Devo garantir que ele ocupe seu legítimo lugar na estrutura da Prefeitura, divulgando sua existência junto aos outros órgãos, universidades e setores afins da sociedade, da nossa e de outras cidades”.

 

 

Visão de futuro.

“O que eu imagino e já estou trabalhando nessa visão, é me concentrar na inovação e melhoria contínua de processos, sedimentando a imagem positiva dessa Coordenadoria dentro da Prefeitura e no cenário estadual e nacional, comprovando através de resultados nunca antes obtidos, que a atividade cemiterial pode ser prazerosa para todos que trabalham no segmento; que é possível mudar a imagem e ser feliz desempenhando o papel que  desempenhamos, para tirar o estigma do setor. Podemos mostrar que o Cemitério pode ser também, um lugar de vida, dependendo da perspectiva como você encare a própria vida. Queremos restaurar as visitas públicas em Cemitérios históricos, transformando esses locais em pontos turísticos seguros e confiáveis, para pesquisa de universidades e desenvolver projetos em parcerias com pesquisadores e profissionais de diferentes segmentos, para dar uma nova visão do luto, amenizando a dor e abrindo uma nova perspectiva sobre a perda de entes queridos.

Cemitérios como o de Santa Cruz, por exemplo, considerado Cemitério dos Indigentes, devem mudar essa velha imagem depois das obras no sistema de drenagem e dos projetos aprovados pela nossa gerência técnica e pela Concessionária Reviver, como as novas construções de jazigos em estruturas verticais e ecológicas.

Aliás, facilita muito o fato de estarmos juntos com o Meio Ambiente no mesmo prédio da SECONSERMA – Secretaria de Conservação e Meio Ambiente. Ganhamos agilidade e atenção em todas as decisões ambientais. Temos um canal direto com o secretário Roberto Nascimento, profissional extremamente competente que ao longo do serviço público foi crescendo desempenhando um papel excelente e se destacando justamente fora da caixa por ter uma mente inovadora e voltada para resultados, para parcerias, e neste sentido a Coordenadoria tem uma parceria direta com ele porque ele acredita no nosso trabalho”.

 

 

Futuro Possível

“Por enquanto é apenas um sonho, mas vamos mudar positivamente a imagem dos nossos serviços funerários, pelo nosso trabalho e em parceria com o Sindicato das Funerárias do RJ – SEFERJ, que planeja trazer para o Rio um modelo de sistema funerário internacional, pautado em padrões de respeito aos direitos das famílias e suas tradições culturais. Será um grande desafio, porque a cultura do desespero no momento da perda pode ser substituído por iniciativas mais humanizadas, o que já vem sendo praticado em estados do Nordeste e Sul do País. É necessário dar valor ao tempo que a família precisa para se reunir e se despedir, sem pressa, de seu ente querido.

São metas audaciosas, mas possíveis. Acabamos de voltar de uma feira funerária onde a modernidade foi o tema principal das palestras, mostrando que o País está cada vez mais próximo dos padrões internacionais de qualidade e dignidade, pelo menos no assunto serviços cemiteriais e funerários. Sou visionária e acredito nisso. Trabalharei com afinco e amor para que meus projetos e metas sejam alcançados, com a ajuda de Deus”.

 

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