Desde 2014, quem visita o cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, encontra um código QRCode nos túmulos de centenas de famosos ali sepultados. Entre eles, negros que ajudaram a escrever a história do Brasil e da cultura afro, incluindo o movimento abolicionista.
Entre obras primas da arquitetura tumular e esculturas de artistas consagrados, estão: o imortal da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis, o escritor Lima Barreto, o engenheiro e abolicionista André Rebouças, o jogador Didi Folha Seca, Dorival Silva, o artista Chocolate, o cantor Evaldo Braga, a cantora e compositora Clementina de Jesus, e Donga, músico autor do primeiro samba.
Machado de Assis
A Concessionária Rio Pax patrocina o Projeto Cultural Queridos para Sempre! Basta apontar o smartphone para descobrir quem está enterrado ali, sua história, fotos, vídeos, textos biográficos e outras curiosidades. Mais que uma inovação, a iniciativa mostra os avanços nos sistemas de informação e de controle dos cemitérios da sua rede. Gravados com laser numa placa afixada nos jazigos, os QRCodes estão instalados nas sepulturas mais visitadas, que todos os anos atraem milhares de turistas do país e do exterior.
Em 2015 foi a vez do Cemitério São Francisco Xavier, no Cajú. Personalidades de vários segmentos da vida carioca, se misturam aos milhares de anônimos que descansam no maior cemitério do estado do rio. Negros como Angenor de Oliveira - o Cartola, sua esposa Dona Zica, José Bispo Clementino dos Santos - o Jamelão, Tim Maia, o abolicionista José do Patrocínio, o poeta e abolicionista Cruz e Sousa, João Cândido Felisberto, o "Almirante Negro", estão entre os homenageados do Projeto Cultural Queridos para Sempre!
Foto da capa: Clementina de Jesus
Sobre a Cultura Negra no Brasil, veja também:
https://cemiteriosdorio.com.br/index.php/pages/curiosidades/item/72-pretos-novos-o-cemiterio-de-escravos-descoberto-por-acaso